segunda-feira, 18 de outubro de 2021

Síntese do livro: A UNIVERSIDADE DO SÉCULO XXI: Para uma Universidade Nova p. 194 - 223

 O modelo de ensino utilizado hoje no Brasil se deu na reforma universitária do governo militar, no final dos anos 1960, entretanto, hoje esse modelo passou a ser considerado defasado, sendo necessário um novo currículo e modelo de ensino superior. Para criar a “revolução”, foram propostos experimentos. 

A partir disso, na Universidade Federal da Bahia, em 2006, colocou em pauta a reforma, sendo que seria dado um foco na reforma curricular e renovação do ensino de graduação. Com isso, o Plano de Desenvolvimento Institucional foi moldado e levado a discussão, isso após muita formulação e contribuição de profissionais de diversos ramos. Posteriormente, seria aceito pela Secretaria de Ensino Superior do MEC (Ministério da Educação). Assim, foi dado o sopro da vida no REUNI (Programa de Apoio a Planos de Expansão e Reestruturação da Universidade Federal). 


https://saofranciscodoconde.ba.gov.br/wp-content/uploads/2017/10/ufba-universidade-federal-do-sul-da-bahia.png


A partir do ano de 2009, na UFBA, entrou em prática a reforma. Possuindo em seu objetivo a capacidade de formar profissionais interdisciplinares, o regime dos cursos agora aconteceria em dois ciclos, sendo o primeiro de formação geral e o segundo de formação específica. Dentro desses ciclos, existem os eixos e blocos. Os eixos da formação geral são: Eixo de Linguagens, Eixo Interdisciplinar e Eixos Integrados da Formação Geral. Na formação específica encontram-se: Eixo de Orientação Profissional, Eixo na Área de Concentração e Eixo Integrador. Esses eixos podem ser obrigatórios, optativos (que integram a área de formação) e livres (que ficam a critério do aluno escolher). 

Dentro do Eixo de Linguagens estão: a Língua Portuguesa, Poder e Diversidade Cultural, Oficina de Leitura e Produção de Textos, Redação de Textos Acadêmicos e Técnicos. Além disso, são encontradas a Língua Estrangeira (que vai depender da disponibilidade da instituição para ofertar), a Linguagem Matemática (que vai trazer conhecimento da linguagem universal de símbolos e oferecer melhora lógicaformal) e Linguagem Artística (trazendo práticas artísticas e separando alunos com experiência dos que não a possuem). No eixo interdisciplinar existem dois blocos: O Estudo da Contemporaneidade, que divide-se em três áreas de estudo, e a Formação nas Três Culturas. Já nesse nível de estudo, o aluno é apresentado à interdisciplinaridade. 

https://th.bing.com/th/id/OIP.f04kVYZRqLrzM7IfXC8pRwHaHa?pid=ImgDet&rs=1


Na Formação Específica, o ingresso se dá com base no desempenho obtido na Formação Geral (para quem sair dela e pretende ingressar), os componentes serão optativos e ofertados com base no curso que formou-se na FG. Nesse bloco, existem três eixos: Orientação Profissional, Área de Concentração e Eixo Integrador que dependerá da Área de Concentração do aluno para vir a realizar Atividades Curriculares em Comunidade, Atividades Curriculares em Instituição, Iniciação à Pesquisa, entre outros. 

As formas de ingresso num curso de BI passam por duas hipóteses: um exame geral e seleção com base no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), sofrendo reajustes. Ao concluir o BI, o aluno terá acesso ao seu diploma, e poderá prestar seleção para licenciaturas específicas (caso habilitado para docência), para cursos profissionais (caso habilitado para carreira específica), ou mesmo uma pós-graduação, mestrado ou doutorado. Também lhe é possível ao final da FG um Diploma de Curso Sequencial, que lhe permitirá acesso a cursos superiores de Educação Profissional Tecnológica. 

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjcamEuzuJFj8B4sUFRath4mAEqBmM44ly-hsJvvXd2tq536EJor6zhy6BDhVSmbnA10nngZhcEa_OxRhydp5bIrRTwHaRWxxOmYbJFG8iLzo9jLsnXoNcwfPqNnET9nc7oZdGFI1K2NTc/s640/1-prova-enem.jpg


No processo de avaliação podem ser utilizados (até simultaneamente) o teste de conhecimento, coeficiente de rendimento durante o curso, rendimento em trajetórias pré-profissionais, exame anual, e seminário (dependendo da área). 

Por fim, esse modelo de educação procura abrir o leque da base que vai flexibilizar o ensino e diminuir as taxas de desistência/evasão. Esse projeto traz uma visão com autonomia do aluno de forma a ser atual, se permitindo correção para acompanhar as demandas da sociedade. Hoje não só no Brasil já estão vigentes os modelos de BI, mas em países mais desenvolvidos.


https://th.bing.com/th/id/R.787154b69af678146b385004706a370b?rik=pExSRVTsJkAjMw&riu=http%3a%2f%2fwww.eduforics.com%2fwp-content%2fuploads%2f2019%2f01%2fworld-3420274_1920.png&ehk=QLaTFjDiiUl%2fOv6ogEjF2fTS21tQBvp6acthH8r15hc%3d&risl=&pid=ImgRaw&r=0




REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:

SANTOS, Boaventura; FILHO, Naomar. A Universidade no Século XXI: Para uma Universidade Nova. Coimbra: 2008.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Quem sou eu

Minha foto
Itabuna, BAHIA
Do contexto estudantil a questões desafiadoras, aqui busco discutir com os leitores um pouco da complexidade que o mundo nos dá a ser exemplificada. Nós estamos próximos, mesmo que fisicamente distantes. Temos os mesmos questionamentos, por que não nos ajudarmos?

Total de visualizações de página

Memorial de passagem por Ateliês da UFSB

 Como forma de aprendizado prático dentro do curso, componente denominados "Ateliês" adentram em grades curriculares do curso de L...