As asas da educação foram cortadas?

 As asas são referência a liberdade, a felicidade, equilíbrio e diversas comparações mais... Asas cortadas no entanto, são a quebra do encontro do suposto ''pássaro'' em busca dos sentimentos descritos anteriormente. Na educação então, seria essa a situação de jovens, adultos e até idosos na busca pelo conhecimento?

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Responsável por quebrar barreiras sociais, políticas, econômicas, e em diversas outras áreas, os estudantes possuem grande papel na humanidade, de forma que colocamos como preferência a educação na formação de um cidadão.

A priori, é necessário ressaltar que as pessoas são diferentes e com elas se carrega uma bagagem única. Porém, no decorrer da vida, dependendo do contexto que essa pessoa esteja, suas atitudes, personalidade, e até seu futuro podem acabar sendo influenciados pelo seu meio. E o seu meio é gerido em maioria por aspectos que fogem do controle de um, mas moram nas mãos de todos.

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Para iniciar nossa reflexão, vamos observar o contexto ao qual somos aplicados. De acordo com Bezerra (2021), o Brasil é um país subdesenvolvido, e dentro da definição da palavra, as condições de quem mora aqui são razoáveis, com cidadãos em maioria de baixa e média classe social. Dessa forma, a situação reflete-se nos estudos, com condições igualmente precárias, mesmo no ensino básico.

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Partindo de um ambiente muitas vezes frágil, o estudante ascende em seu percurso acadêmico de maneiras diferentes dependendo de sua condição. Ainda assim, as formas de ingresso ainda são muito debatidas, principalmente o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) que hoje é aplicado em nível nacional, sendo o principal meio de ingresso para universidades públicas e até privadas por meio de bolsas como Programa Universidade para Todos (Prouni) e o Fundo de Financiamento Estudantil (FIES).

Observando também um pouco do perfil dos alunos que chegaram a ingressar numa universidade, é interessante ressaltar que em 2019 foi constatado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) que pela primeira vez o número de pessoas negras e pardas era maior que o número de pessoas brancas no ensino superior, sendo que, se compararmos os índices, segundo levantamento do IBGE em 2018, 75,2% das pessoas com menor renda no país são pretas. Ou seja, finalmente é possível comemorar uma vitória que quebra as barreiras do preconceito e desigualdade, e que agregam na educação nacional.

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Dessa forma, estão mais que sinalizadas as condições que se encontram as famílias que abrigam os estudantes e futuros profissionais que irão modelar o amanhã. O investimento governamental em melhora dos ambientes onde se encontram as minorias é urgente e inadiável, afinal, sem esse olhar calculista, quais oportunidades receberão os jovens? Nos unimos pois, a pincelar um futuro onde numa frase que tenham as palavras ''Brasil'' e ''educação'' não façam vir a mente de imediato a preocupação, mas sim orgulho e senso de justiça pelas oportunidades acessíveis a todos igualmente.

REFERÊNCIAS:

BOHRER, Rodolpho. Pela primeira vez, índice de negros no ensino superior é maior que brancos. Mais Minas. 13 de nov. de 2019. Disponível em: < https://maisminas.org/educacao/indice-de-negros-no-ensino-superior-e-maior-que-brancos/ >. Acesso em: 04 de out. de 2021.

MADEIRO, Carlos. Negros são 75% entre os mais pobres; brancos 70% entre os mais ricos. UOL. Maceió. 13 de nov. de 2019. Disponível em: < https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2019/11/13/percentual-de-negros-entre-10-mais-pobre-e-triplo-do-que-entre-mais-ricos.htm >. Acesso em: 02 de out. de 2021.

BEZERRA, Juliana. Países desenvolvidos e subdesenvolvidos. Diferença. 27 de jan. de 2021. Disponível em: < https://www.diferenca.com/paises-desenvolvidos-e-subdesenvolvidos/ >. Acesso em: 04 de out. de 2021.